Hoje vamos te mostrar neste guia do Canabidiol como utilizar o medicamento. O uso do Canabidiol nas crises de epilepsia está cada vez mais popular. Afinal, essa é uma doença que costuma causar muito sofrimento à pessoa com epilepsia e à sua família, o que torna toda ajuda bem vinda para controlar os sintomas.

A epilepsia é uma condição neurológica caracterizada por crises. Estima-se que cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com epilepsia. Desse total, cerca de 20% a 30% delas não respondem aos tratamentos convencionais, como medicamentos antiepilépticos, segundo dados da OMS.

Nesses casos, o canabidiol (CBD) pode ser uma opção de tratamento promissora. Mas o que é o CBD e como ele funciona no corpo? É sobre isso que vamos falar, então continue lendo e esclareça todas as suas dúvidas.

O que é o canabidiol (CBD)?

O canabidiol (CBD) é um dos muitos compostos químicos encontrados na Cannabis sativa (maconha). Porém, ao contrário do tetraidrocanabinol (THC), outro composto presente na cannabis, o CBD não causa efeitos psicoativos ou alucinógenos. Em outras palavras, isso significa que ele não deixa a pessoa “chapada” nem altera a consciência”.

Como funciona o canabidiol no corpo?

O CBD interage com o sistema endocanabinóide (SEC) do corpo humano, que é responsável por regular muitas funções corporais, incluindo o sono, a dor e a resposta imune. Esse sistema é composto por receptores canabinóides e endocanabinóides, que são substâncias que o nosso próprio organismo produz.

Dessa forma, o CBD tem efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e neuroprotetores, que podem ajudar a reduzir a frequência e a gravidade das crises epilépticas. De acordo com um estudo realizado pelo Departamento de Ciências do Cérebro do Imperial College London, e publicado pelo BMJ, o canabidiol reduz em até 86% a ocorrência de crises epilépticas em crianças.

Quais são os tipos de epilepsia que podemos tratar com canabidiol?

Por falar em estudos, o uso do CBD tem sido estudado como tratamento para vários tipos de epilepsia, incluindo:

● Síndrome de Dravet: uma forma de epilepsia infantil que começa nos primeiros anos de vida e é caracterizada por convulsões frequentes e graves;

● Síndrome de Lennox-Gastaut: uma forma rara de epilepsia que geralmente começa na infância e causa vários tipos de convulsões, além de atraso no desenvolvimento e comportamento anormal;

● Epilepsia focal: que começa em uma área específica do cérebro e causa convulsões parciais ou complexas;

● Epilepsia mioclônica juvenil: esse tipo de doença epiléptica geralmente começa na adolescência e traz consigo convulsões mioclônicas, que são sacudidas rápidas e intensas dos músculos.

Como usar o CBD no tratamento da epilepsia?

Antes de usar o CBD para tratar a epilepsia, é importante consultar um médico especializado nessa doença ou em neurologia em geral. Assim, esse profissional pode ajudar a determinar se o canabidiol é uma opção de tratamento adequada e segura para o paciente em questão.

De todo modo, o CDB geralmente é administrado em forma de óleo, que pode ser tomado por via oral ou adicionado aos alimentos. Ademais, a dosagem correta varia de acordo com o tipo e a gravidade da epilepsia, a idade e o peso do paciente, dentre outros fatores.

Aliás, é importante frisar que sempre se deve seguir as instruções do médico e o rótulo do produto cuidadosamente.

Como o CBD pode interagir com outras drogas?

O CBD pode causar reações por interação medicamentosa com outros tratamentos ou medicamentos que uma pessoa esteja tomando. Isso porque ele pode afetar a maneira como o fígado metaboliza essas substâncias, o que pode aumentar ou diminuir seus efeitos. Dessa forma, é importante informar o seu médico sobre todos os medicamentos, suplementos e vitaminas que o paciente está tomando antes de começar a tomar CBD.

Quais são os efeitos colaterais do canabidiol (CBD)?

O CBD geralmente é considerado seguro e bem tolerado. No entanto, pode causar alguns efeitos colaterais, incluindo os seguintes:

● Sonolência

● Tontura

● Boca seca

● Diarreia, dentre outros.

Por isso, é essencial conversar com o médico sobre qualquer reação adversa que o paciente sentir, para que o profissional possa avaliar o caso e, se necessário, fazer ajustes na dosagem.

Gostou de conhecer mais sobre o uso do canabidiol no tratamento das crises de epilepsia? Então compartilhe essas informações o máximo possível e ajude mais pessoas a esclarecerem suas dúvidas sobre este assunto tão importante!

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