A campanha Fevereiro Roxo foi criada para alertar e conscientizar a população sobre três doenças que não tem cura: Alzheimer, fibromialgia e lúpus. Apesar de não terem cura, essas doenças tem tratamento, e quanto mais cedo forem identificadas, a chance de ter uma diminuição nos sintomas é maior. 

Apesar de estarmos abordando o Fevereiro Roxo, que engloba três doenças sem cura, vamos concentrar nossa atenção no Alzheimer. Vamos falar sobre o tratamento para essa condição de forma mais acolhedora e humana.

Alzheimer

Essa doença degenerativa apresenta como sintomas principais a falta de coerência na fala e perda de memória. 

Dessa maneira, o indivíduo geralmente se lembra de histórias antigas e passa a repeti-las, sem se lembrar de fatos recentes, ocorridos no mesmo dia.

Tratamento para alzheimer

Atualmente, os tratamentos disponíveis para o Alzheimer servem para atrasar a evolução da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Além disso, mudanças no estilo de vida são bastante importantes. A alimentação deve ser levada em conta, atividades físicas leves, e atividades manuais que estimulem o cérebro, também são recomendadas.

Adesivo para alzheimer

Recentemente, foi disponibilizado um novo adesivo de rivastigmina para pacientes com Alzheimer, e é importante entender como ele pode beneficiar quem convive com essa condição.

O adesivo de rivastigmina é uma inovação no tratamento do Alzheimer, pois oferece uma forma prática e eficaz de administrar a medicação. Esse medicamento já era administrado por via oral, porém podia causar desconfortos gastrointestinais, como náusea, vômito e diarreia em alguns pacientes. Levando isso em consideração, foi criado o adesivo, com o objetivo de diminuir esses efeitos indesejáveis. Por ser colocado na pele, a absorção do remédio se dá ao longo do dia e por isso tem menos efeitos colaterais, especialmente no sistema digestivo.

Agora, essa nova opção será indicada pelo médico que acompanha o paciente, oferecendo uma alternativa mais confortável e com menos impacto no dia a dia. Essa mudança representa um avanço significativo no cuidado e no bem-estar dos pacientes com Alzheimer.

Uma vantagem significativa desse adesivo é a sua forma de administração, que é mais simples e conveniente em comparação com outras formas de medicação. Em vez de tomar comprimidos diariamente, o paciente pode aplicar o adesivo em uma área específica da pele e ter a liberação controlada da substância ao longo do dia.

Além disso, estudos mostram que o adesivo de rivastigmina é tão eficaz quanto a versão em cápsula oral, oferecendo uma opção mais confiável, já que os pacientes com Alzheimer, podem tomar mais medicamentos ou menos que a quantidade prescrita, devido ao esquecimento.

É importante ressaltar que qualquer mudança no tratamento deve ser discutida com um médico especializado, para garantir que seja adequada às necessidades individuais de cada paciente.

Como pedir o adesivo pelo SUS?

  • O familiar responsável pela pessoa com Alzheimer deve levar o doente ao médico no SUS para fazer uma consulta. 
  • Na consulta, o familiar responsável pode solicitar que a pessoa com Alzheimer utilize o adesivo. 
  • O familiar e o médico irão conversar e ver se é o melhor tratamento para essa pessoa, e se for, o médico irá prescrever a medicação e dar o laudo médico.
  • Com esse laudo médico em mãos, a pessoa deve ir até uma farmácia popular e solicitar o medicamento.

E se não estiver disponível?

Se não estiver disponível, você pode fazer uma solicitação pelo SUS no site da secretaria de saúde ou do Ouvidor SUS. Tenha em mãos seus documentos e o laudo que o médico te deu. Guarde todos esses protocolos e provas. 

Caso o SUS negue ou não te dê uma resposta, conte com a ajuda de um advogado da saúde para conseguir o que é seu por direito!

Cannabidiol na doença de Alzheimer

O uso do canabidiol (CBD) no tratamento da doença de Alzheimer é um tema que desperta bastante interesse e debate entre os profissionais da saúde. Muitos médicos têm explorado os potenciais benefícios do CBD, enquanto outros ainda não aprovam seu uso.

A literatura científica tem mostrado que o canabidiol pode ter propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e neuroprotetoras, que podem ser benéficas para pacientes com Alzheimer.

No entanto, é importante ressaltar que não existem evidências definitivas que comprovem a eficácia e segurança do uso de cannabis, incluindo o CBD, no tratamento do Alzheimer. Além disso, órgãos regulatórios e entidades médicas ainda não emitiram recomendações claras sobre o assunto.

Cada paciente é único e deve ser avaliado individualmente por um médico especializado, levando em consideração fatores como seu estado de saúde geral, histórico médico e outros medicamentos em uso. É fundamental que qualquer decisão relacionada ao tratamento do Alzheimer seja tomada em conjunto com um profissional qualificado, que possa oferecer orientações baseadas em evidências científicas e considerando o melhor interesse do paciente.

Terapias para a doença 

É claro que nenhuma terapia funciona sozinha, elas devem ser utilizadas como parte do tratamento. 

Existem muitas terapias que podem ajudar no bem-estar físico e mental dos pacientes.

Musicoterapia

Pesquisas mostram que a musicoterapia pode ajudar muito pessoas com Alzheimer. Ela pode melhorar a atenção do paciente, ajudar a se comunicar melhor com os familiares e também diminuir sintomas de tristeza e preocupação. A música tem o poder de trazer lembranças e emoções, trazendo conforto e bem-estar para quem está passando por essa situação.

Terapia ocupacional 

Os profissionais de terapia ocupacional também ajudam as pessoas com Alzheimer e seus cuidadores de várias maneiras. Eles podem ajudar a tornar a casa mais segura e a encontrar maneiras de incluir o paciente em atividades diárias. O objetivo principal é ajudar essas pessoas a se tornarem mais independentes e terem uma vida melhor.

Fisioterapia 

A fisioterapia pode ajudar muito no cuidado de pacientes com Alzheimer. Ela pode ajudar a manter a mobilidade, a força muscular e o equilíbrio, contribuindo para a prevenção de quedas e lesões. Além disso, a fisioterapia pode proporcionar estímulos motores que ajudam a preservar as habilidades físicas e cognitivas do paciente.

Quando o paciente faz fisioterapia, ele também tem a chance de conversar e interagir com o fisioterapeuta, o que é bom para se sentir bem e feliz. A fisioterapia feita especialmente para quem tem Alzheimer ajuda a pessoa a ter uma vida mais ativa e confortável, mesmo com os desafios da doença.

É fundamental lembrar que o Alzheimer não afeta apenas o indivíduo diagnosticado, mas também impacta significativamente suas famílias, cuidadores e comunidade. Através da educação, do apoio emocional e do avanço da pesquisa, podemos oferecer uma rede de suporte mais eficaz e promover uma melhor qualidade de vida para todos os envolvidos.

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