Você sabe como fazer terapia pelo SUS? Vamos ver hoje quais os passos necessários para isso.

A terapia tornou-se bastante necessária, ainda mais após o isolamento social que a crise sanitária impôs a milhares de brasileiros. Porém, muitas pessoas ainda não procuram devido ao preço elevado. Mas sabia que há maneiras mais baratas, e até mesmo, gratuitas para iniciar a terapia.

Pois, é esse o assunto do artigo de hoje. Então, continue a ler o texto para saber como fazer. E assim, quem sabe você possa iniciar o seu tratamento para deixar a saúde mental em dia.

O que é o SUS?

O SUS é o Sistema Único de Saúde, completamente público e disponível para a população. Entre os diversos serviços oferecidos, que vão de aferição da pressão arterial até cirurgias de transplante de órgãos, o SUS também oferece o serviço de psicoterapia.

A principal missão do Sistema Único de Saúde é conceder aos cidadãos brasileiros, três princípios: universalização, equidade e integralidade. O primeiro princípio diz que a saúde é um direito de todo o cidadão brasileiro e cabe ao País assegurar esse direito aos cidadãos, sem discriminar por gênero, etnia, ocupação ou qualquer outra característica pessoal ou social.

Já a equidade tem como maior objetivo diminuir as desigualdades. Ela se difere da igualdade, pois cada pessoa tem necessidade distinta, logo o tratamento será específico. Em resumo, é tratar desigualmente os desiguais, fazendo o investimento onde a carência será maior.

Por último, a integralidade considera as pessoas como um todo e atender as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação.

Todas essas partes são importantes de considerar na hora de fazer terapia pelo SUS. Então, como conseguir o tratamento e iniciar as consultas? Confira no próximo tópico.

Como fazer terapia pelo SUS

Para realizar o atendimento psicológico gratuitamente, o SUS tem uma estrutura voltada exclusivamente para essa área. A Rede de Atenção Psicossocial do SUS, tem o objetivo em consolidar um modelo de atenção aberto e com base comunitária. Assim, o intuito é fazer com que o paciente receba um tratamento humanizado. Assim, a RAPS se divide em outros sete “braços” para conceder o melhor tratamento possível para o paciente: Atenção Básica, Atenção Psicossocial Estratégica, Atenção de Urgência e Emergência, Atenção Residencial de Caráter Transitório, Atenção Hospitalar, Estratégia de Desinstitucionalização e Estratégias de Reabilitação Psicossocial.

Em primeiro lugar, o paciente pode se encaminhar a UBS (Unidade Básica de Saúde) próximo a sua residência. Geralmente, é no posto de saúde que é feito o primeiro contato. Seguindo, é preciso marcar uma consulta com o clínico geral e, solicitar o encaminhamento para o psicólogo. O agendamento pode ser feito na própria UBS.

Se durante a consulta, o clínico constatar que o diagnóstico pode ser moderado ou grave, o encaminhamento será para o CAPS, o Centro de Atenção Psicossocial. Vale dizer que neste centro há uma equipe multidisciplinar de profissionais, que incluem psicólogos, médicos psiquiatras, terapeutas, enfermeiros e assistentes sociais.

Vale dizer que há subtipos do CAPS, específicos para vários tratamentos:

  • CAPS I e II: Atendimento a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas. Nesses CAPS, não há estrutura para acolhimento noturno/estadia.
  • CAPS III: Conta com até 5 vagas de acolhimento noturno e observação. Atende a todas as faixas etárias; transtornos mentais graves e persistentes inclusive pelo uso de substâncias psicoativas.
  • CAPS i: Atendimento a crianças e adolescentes, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas.
  • CAPS ad Álcool e Drogas: Atendimento a todas faixas etárias, especializado em transtornos pelo uso de álcool e outras drogas.
  • CAPS ad III Álcool e Drogas: Funciona 24h e disponibiliza de 8 a 12 vagas de acolhimento noturno e observação. Atende a todas faixas etárias; transtornos pelo uso de álcool e outras drogas.

Se você sente ansiedade, depressão, entre outros, não hesite em procurar ajuda.

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